A jornada, não tão jornada, mas, ainda uma jornada.. você entendeu ;-)

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Monday, October 24, 2005

Aproveitando o Referendo. ;-)

Já reparou como damos pouca atenção as nossas famílias, justamente na fase de nossa vida em que estamos nos descobrindo, a adolescencia. Estamos condenados a passar por certas provações, mas, raramente procuramos auxílio dentro de nossos laços familiares, geralmente vamos aos laços de amizade buscar conselhos. Começamos a pensar se realmente nossa família deve tomar conhecimento de certos fatos que nos ocorrem, as vezes por que achamos muito "simples" e outras porque achamos que iremos sofrer condenações indescritíveis e tomamos as nossas decisões baseadas nesses critérios. Os poucos que tem a coragem para enfrentar essas condenações, mesmo tomando decisões erradas, geralmente disfrutam de alguns momentos de felicidade, mesmo que futuramente aquele acontecimento tome proporções decisivas em sua vida e porventura tenha lhe retirado muitas oportunidades de melhora. Mas, ainda assim, houve a realização. Em contraste, temos os que se reprimiram diante das opiniões e contiveram seus desejos mais intimos, isso por uma aprovação temporária que será logo substituída por um vazio gerado pela baixa tolerância que nosso espírito tem ao fracasso.
... fracasso .... essa palavra parece forte? Não, na verdade é ela cotidiana, ela é o nome que deveriamos dar a nossa "ética" todos os dias, quando abrimos mão de nossos sonhos por um "trocado", quando mudamos nossos objetivos para nos adequarmos a realidade. Não deveria ser o contrário? Não deveriamos construir a nossa realidade pessoal e intransferível? No entanto, somos feitos pelo molde capitalista e criamos desejos ainda mais capitalistas que não nos concebem, ao contrário do que pensamos, realização. Eles nos concebem apenas representação diante do social mas, não nos trazem o prazer que habita a alma dos "simplistas", gostaria realmente de ver impresso nos semblante juvenil de nossa população a vontade mudar as coisas, de adotar certos hábitos "caretas" no lugar dessa desvalorização da ética e da educação que vem usando como pretexto a "liberdade de expressão" aliada a "democracia".
O que temos na verdade é um total desconcerto que mantém a atual estrutura social, ou seja, quem tem algo continua tendo, quem não tem decai a cada dia pois as condições são criadas para manter o proletariado em sua posição desfavorável, não se dá condições de pensar, de analisar os fatos para verificar que se deve agir, afinal, como vou pensar em modificar minha vida se não tenho tempo de pensar em algo que não seja "conseguir pagar as prestações do televisor de 12' que comprei" ou mesmo "conseguir comida".
Mas, ainda há esperança, basta ver os ultimos acontecimentos dentro da área política. A população não esta tendo tempo para pensar, continua reprimida, porém esta se cansando da situação. Com isso, sugem os "MST's" da vida, presidentes vindos da classe trabalhadora são eleitos (na esperança de mudanças mais radicais, que não vieram), um referendo desnecessário é feito usando como argumento a "democracia", quando na verdade é apenas uma jogada para tirar a atenção do povo de acontecimentos mais importantes e provar que o setor público é incapaz de tomar uma decisão mais objetiva e que tenha efeito sobre a falta de segurança. E o que temos como resultado? A proibição de venda de armas de fogo é recusada.
Analisando superficialmente, somos um povo relativamente pacifista, não somos radicais nem tão comodistas. Mas, se somos tão pacifistas qual o motivo daquela recusa? Porque apoiar a venda de armas? Ora caro amigo, é simples, não temos nenhuma crença na mudança espontânea do setor de segurança pública, estamos criando o "velho oeste" brasileiro.
Essa é a prova de que não temos tempo para pensar, mas, estamos ficando cansados, muito cansados e um dia teremos coragem para encarar as condenações da sociedade e lutar por um dia melhor.

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