A jornada, não tão jornada, mas, ainda uma jornada.. você entendeu ;-)

Este espaço é destinado a diversos temas, relacionados a minhas atividades ou mesmo ao cotidiano.

Monday, November 21, 2005

Que andas fazendo comigo?

Eu te digo, hoje e ainda repetirei essa frase, você me surpreende todos os dias.
Realmente não esperava baixar minha estima nesse momento, quando tua participação na minha existência, que sempre foi e sempre será tão intensa, se tornava mais branda.

O pior não é sentir a dor, é ver a dor que afeta os mais bem quistos e sentir-se impotente, e eu me sinto assim, sinto que a cada lágrima que corre nas faces dos que já sacrificaram tanto por mim, um pedaço meu se esvai. Eu que pensei ser tão materialista, pensei ter esquecido os laços sanguíneos que nos tornam vulneráveis, pensei ter me tornado mecânico, estou aqui, supreso e triste.

E confesso, que na minha arrogância que julga que a prática e a razão lógica devem imperar na escolha de nossos caminhos, confesso que estou acuado e perdido. No meu íntimo ainda vive a criança que tem medo de escuro, e a maior escuridão é a certeza de estar impotente diante das tuas armadilhas. Diz-me o motivo? Qual a graça nesta melancolica ironia? Já não chega eu ter de enfrentar minhas vontades que muitas vezes vão de encontro ao que considero errado e vergonhoso? Não te basta o caminho errante em que me colocaste? Não basta a solidão...

Ainda assim, não digo que venceste, não te darei esse júbilo, não ainda, pois eu mesmo poderia ficar surpreso com a chama que resurgiria como a Fenix que é parte natural do espírito humano, também conhecida como esperança. Mas neste momento, digo que uma batalha muito importante foi travada e que fui arrasado. Mesmo nessa hora, caído, ainda me pergunto se não te comoves quando pisa alguém tão apegado a ti, alguém tão dependente que sorri a cada amanhecer e esquece os males interiores quando o sol se mostra e ilumina teu rosto.

E no entanto, continuas a brincar comigo, continuas a atirar tuas pedras em minha jornada. Acho que mesmo eu, que tenho duvidado de minha fé religiosa, devo ter muitos pecados a pagar e fui confinado por ti em grades feitas do que eu mais temo, meus desejos. E não satisfeita em me ver pálido e macambúzio, ainda atiras pedras aos que me amam. Derrubando um dos ultimos pilares da minha sustentação e sendo sincero digo que ainda não desmoronei por duas razões, eles precisam de um apoio e eu ainda tenho meu orgulho.

Sim, eu ainda sou orgulhoso, estranho não é? Mas, desde pequeno foi assim, o meu orgulho me impede de chorar em frente aos outros, e acho que esse é o motivo que me faz odiar a incapacidade de agir, torna-me fraco. Mas, frente a ti, não tenho receio de admitir, nunca tive, e estou novamente incapaz por tua causa, vida.

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