Direito a "ser humano."

"Pois nasci nunca vi amor
E ouço d'el sempre a falar
Pero sei que me quer matar
Mais rogarei a mia senhor
Que me mostr'aquel matador
Ou que m'ampare d'el melhor."

Com essa frase atualizo o meu pequeno espaço virtual, algumas suspeitas me trazem a mente essa frase, parte integrante do V cd de legião urbana.

Mas, não o amor conjugal, não o amor fraterno nem qualquer outro tipo de amor que possa ser relacionado a algo que não seja o "respeito" ou mesmo a consideração pelo lado sensível e não generalizado dos sentimentalistas nacionais.

Temo que tenham erradicado a suavidade com que as mulheres encaram o mundo, o doce olhar das crianças que brincam nas ruas e até mesmo a compaixão e a sinceridade.

Assisti a uma reportagem no fantástico (que ultimamente não estava tão fantástico), sobre as "crianças do tráfico", e posso confessar que mesmo já tendo uma leve noção do caminho que estamos seguindo, fiquei chocado.

Será que ainda tentamos entender ou considerar o próximo como um ser pensante, como uma entidade que vai além dos bens carnais e materiais? Eu não sei a resposta, e não me culpe por isso, não venha me cobrar algo que você também me deve, e todos devem, afinal agir diante de um cenário miserável como aquele é dever de todos.

A vontade que tenho é dizer "Dane-se" a tudo isso e rejeitar a sociedade em que vivemos num grau de radicalização extremamente elevado, talvez mudando meus hábitos ou mudando de posição em relação ao que considero importante, não sei bem.

Queria apenas que certas coisas paracem de acontecer, gostaria que nos tornassemos mais humanos.

abraço.