A jornada, não tão jornada, mas, ainda uma jornada.. você entendeu ;-)

Este espaço é destinado a diversos temas, relacionados a minhas atividades ou mesmo ao cotidiano.

Wednesday, September 21, 2005

A frase do século...

Era 20-09-2005, o dia tinha corrido normalmente, ou seja, saí atrazado para o trabalho, sem tomar café, o motorista do ônibus "arrancou" e eu fui deixado para tráz, tinha tido muito trabalho durante o dia e estava cansado, sendo assim, o dia foi tranquilo.

Ao chegar o fim da tarde e início do horário de aulas na faculdade eu tive a impressão de que não seria um dia normal. Primeiro cheguei atrazado e fui "barrado" no laboratório de química, até ai nada demais, afinal era "eu", isso tinha de acontecer mais cedo ou mais tarde. O meu grupo do trabalho de informática fez algumas observações no rascunho que levei, esqueci de iniciar o trabalho de desenho, estudei um pouco de cálculo até que chegou a hora, nunca me esqueceirei daquele acontecimento na frente da minha vista tão fatigada, tinha algo errado no caminho daquele dia, no caminho daquele dia tinha algo errado.

Iniciamos mais uma tranquila e adorável aula de geometria analítica, com nosso amigável e sorridente professor "Ximenes". Ele como sempre muito didático, diminuía o tom de sua adorável voz a medida que alguns alunos (que provavelmente estavam manifestados ou com alguma entidade encarnada) aumentavam o tom de voz em seus diálogos.

A briga era intensa, de um lado os susurros de Ximenes e do outro as conversas paralelas dos alunos.

Então Ximenes parou a aula e tentou derrotar os alunos com uma repreensão. Não funcionou, ele retornou a técnica dos susurros, não adiantou, os alunos realmente estavam dispostos a não dar atenção a ele e muito menos a fazer silêncio. Ele, tentou utilizar a técnica da "consciência própria", ficou parado na frente do quadro esperando que os alunos fizessem silêncio, a técnica até teve um retorno significativo, aulos alunos pararam, outros diminuiram o tom de voz, então ele reiniciou a aula, em susurros e repreensões.

Quando ele, tentou continuar a explicação, usando a técnica dos susurros soníferos e repreensivos, os alunos voltaram a se manifestar e as conversas voltaram com todo o gás.

Ele visivelmente irritado e com um sorriso melâncolico tentou repreender novamente os alunos, aterrorizando-os com o "teorema da primeira prova". Isso não surtiu nenhum efeito os indivíduos estavam determinados a continuar conversando, foi então que aconteceu, ele falou a célebre frase que ficará marcada nos degraus de nossa consciência acadêmica durante muitos e muitos séculos:

"HOJE VOCÊS ESTÃO COM O CASSETE!"

abraços. ;-)

Monday, September 12, 2005

Você é livre?

Pretendo realizar uma pequena explanação sobre "liberdade", não leia se achar o tema "batido" e simplista.

"Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;"

Se não sabe de onde foi retirado este texto, então, você faz parte de uma maioria que sustenta a alienação e a deformidade política existente hoje no Brasil.

O trecho foi retirado da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e exprime bem os objetivos que deveriam ser considerados por certos governantes, além de servir bem para a justificar a vertente que pretendo seguir hoje, sem mais demora ...

Existem diversos debates sobre como "democratizar" a informação, o acesso a internet, mas, nenhum debate, ao meu ver e não me importo se isso não é argumento suficientemente forte, retrata a verdadeira realidade Brasileira.

Segundo diversos políticos, o Brasil não tem dinheiro para pagar ao FMI, não tem dinheiro para custear a construção de novas universidades, de novas escolas, mas, tem dinheiro para custear o pagamento de diversas licenças de software proprietário, que podia ser facilmente substituído por software livre.

Estamos atados a uma estrutura óbvia, as "elites" ainda governam, não podemos nos jogar no poço do esquecimento quando se fala de tecnologia, mas, também não podemos continuar sustentando empresas de outros paises com dinheiro que poderia ser investido nacionalmente.

A pirataria é outra consequência desse comodismo tecnológico, forçar diversas instituições a utilizar software "pago" (proprietário) quando poderiamos estudar os "softwares livres" e desenvolver nossas próprias soluções.

Vamos a um caso mais simples, o seu computador. Isso mesmo caro leitor, qual o software que você esta usando agora? É software proprietário? É software livre? Ou você nem conhece os termos?

O conceito de liberdade não se resume mais ao direito de ir e vir.

Liberdade é exercer o direito de ter direitos, de expressar suas opiniões e ainda de ocupar um lugar na sociedade.

Quando um usuário compra um computador, ele compra mais do que uma máquina que o diverte e mais do que uma ferramenta de trabalho, ele compra um conjunto de obrigações econômicas e tecnologicas.

Um exemplo disso é a constante atualização exigida por muitos "softwares" como os tão usados anti-virus, sem saber o usuário "inocente" acaba contaminado por "pragas virtuais", simplesmente por pensar estar protegido pelo famigerado programa, que na verdade estava desatualizado.

Outro exemplo é o caso das atualizações do sistema operacional, quem muitas vezes nunca são feitas em determinados computadores provocando verdadeiros "buracos" na segurança digital ou mesmo problemas de mal funcionamento.

Mas, deixemos isso de lado e retornemos ao debate sobre liberdade. Ao comprar um computador, você tem de adquirir um outro software chamado "sistema operacional", ele faz o computador trabalhar, gerencia o hardware (peças) , promove a execução dos seus aplicativos (jogos, programas de edição de texto, etc), sim, ele é o "manda chuva".

Bem, muitos usuários nem sabem da existencia desse programa, não sabem nem diferenciar o SO (sistema operacional) dos aplicativos e pensam que quando compram o computador é só ligar e ele vai funcionar como no caso de uma TV. Como hoje, as lojas vendem maquinas sem sistemas operacionais, quando o inocente usuário compra um PC, ele acaba por chamar um técnico para lhe informar que a máquina precisa dos programas para funcionar.

Ai começa o dilema: comprar um software proprietário ou instalar um software livre?

Não vou falar dos casos em que o "técnico" simplesmente instala uma versão pirata e nem comunica o usuário das implicações.

Vamos aos casos mais comuns, o Ms Windows e o GNU/linux.

Convém dizer que eu defendo uma política diferente dos mais radicais que simplesmente pregam a utilização do GNU/Linux, eu prefiro dizer que cada caso é um caso.

Farei uma explanação sobre os tipos de licença e algumas observações para que o leitor escolha como agir, afinal este é um texto sobre liberdade. ;-)

Licença proprietária: O software é vendido sobre a forma de uma "caixa preta", você não compra o programa, você faz um contrato de utilização.

Esse contrato geralmente não é lido, mas, permite apenas a utilização do software em um computador por vez e não permite a cópia do cd, a não ser com o intuito de criar um "backup" (cópia de segurança).

Deixe-me explicar melhor, você compra um software que custa em torno de R$ 500,00, mas, só pode instalar em um computador por vez, caso contrário deverá se responsabilizar pelas consequências.

Mas, como os cursos de Ms Windows são muito comuns hoje e como o GNU/Linux esta começando a aparecer nos computadores destinados a usuários mais simples ele (o windows) tende a ser escolhido, sem falar no suporte a hardware que é melhor nesse sistema, pois muitos fabricantes de hardware não disponibilizam "drivers" para o GNU/linux, fazendo com que o mesmo tenha problemas com alguns dispositivos.

Simplificando, no software priprietário você tem permisão para usar e apenas isso.

Software livre: não confunda com software "grátis", software livre é um tipo de programa que independe do criador, pode ser distribuido livremente e você pode tanto instalar em quantas máquinas tiver vontade, além de modificar o software se tiver conhecimento.

Esse software geralmente é mantido por comunidades e as atualizações estão disponíveis na internet para quem bem entender, na verdade existem empresas que trabalham específicamente com essa modalidade de programas gerando uma nova forma de comércio.

A maior parte do lucro vem da prestação de serviços de consultoria e suporte, utilizando as ditas ferramentas livres.

Mas, você pode pensar: "como um alguém cria um programa e simplesmente distribui sem qualquer controle?", na verdade não é bem assim, os softwares livres também seguem uma licença, mas, totalmente diferente da anterior.

Essas licenças geralmente são para manter o software "livre" o que possibilita um amadurecimento muito maior e uma certa retribuição ao criador do programa, já que ele também vai poder estudar as modificações feitas depois que ele distribuiu a coisa.

As licenças consideradas livres mais comuns são a GPL e a BSD, a GPL é mais conhecida por ser a licença adotada no GNU/Linux, a principal diferença entre as duas é que na GPL, todo software criado ou modificado a partir de um software que é regido pela GPL tem de ser divulgado sobre a GPL, ou seja, tem que continuar "livre". Na BSD, tanto faz, se eu quiser que o software continue livre ele continua, se eu quiser "fechar" o software e transformar ele em software proprietário, tudo bem.

O mais importante para um usuário iniciante, é saber quando se deve escolher um sistema operacional diferente, economizar nem sempre é mais viável e a transição nunca deve ser feita aos "trancos e barrancos".

Procure obter informações antes de migrar, saiba se existem softwares que atendem as suas necessidades e se o satisfazem, para depois, fazer um curso e por fim migrar de plataforma.

As migrações sem planejamento ou estudo antecipado, geralmente são decepicionantes. :-(

Muitos programas são específicos e não existem versões para ambas as plataformas, pesquisar é essencial.

Se pretende conhecer uma nova plataforma, seja ela proprietária ou livre, procure listar as vantagens e desvantagens de cada uma, conheça pessoas que usam a nova plataforma, faça cursos para entender os novos recursos do sistema, leia livros ou revistas (ao menos algumas) sobre o assunto, procure os principais problemas de utilização (relacionados com os seus hábitos) e por fim faça testes práticos de utilização acompanhados por alguém que entenda mais do que você da nova plataforma.

Ao final dessa jornada, você terá plena consciência das vantagens e desvantagens de cada uma e saberá de forma consciente qual usar, não será mais "um" usuário que utiliza uma plataforma sem saber o que está usando e quais limitações você tem.

Muitas vezes você terá a certeza de que precisa mudar, ou terá a certeza de que os seus R$ 500,00 reias foram bem pagos, o que importa é lembrar que cada caso é um caso e exige um estudo para que se possa fazer uma escolha eficiente em relação ao custo/benefício, afinal ser livre é saber realizar escolhas e principalmente estar seguro delas.

Abraço.

Friday, September 09, 2005

No início eram trevas ....

Bem, como todo internalta eu tenho meus vícios e talvez o maior deles seja "falar".

Como muitos ja sabem eu gosto de falar, de expressar meus pensamentos de forma, as vezes, exagerada. Então, resolvi criar este pequeno espaço para descrever minhas idéias sobre alguns assuntos, não espere achar aqui divagações sobre o meu "cachorro" ou coisa parecida, eu prefiro não falar de mim (ao menos de forma excessiva), quando tiver de fazer isso eu o farei.

Hoje falaremos de algo não muito importante, talvez pequenas notas retiradas de debates em minha sala de aula e alguns itens retirados do cotitiano.

Ao iniciar um debate sobre "socialismo", eu que tentava conter minha boca, fui tomado por uma vontade "comum na maioria dos diferentes" de opinar e lá fui eu.... ao escutar palavras sobre o tamanho do ego humano tive de inserir a seguinte questão: "Quando você anda na rua, você da bom dia ao um gari?"

Essa simples pergunta pode parecer um insulto a inteligência do prezado leitor - "ora, eu não tenho que me comunicar com todos na rua, eu nem conheço o gari, por que raios deveria dar bom dia ao infeliz?" - mas, é justamente esse pensamento que quero "pegar", ao entrarmos em bancos, livrarias, shopping centers, geralmente somos educados ao ponto de dar "bom dia" a qualquer pessoa, desde que ela ocupe um lugar mais favorecido na sociedade.

Trata-se da "invisibilidade social", ficou curioso, então dê uma passada neste link: http://www.ecoturismobrasil.com.br/leia_mais/invisibilidade_social.htm

Eu não vou dizer o que pensar sobre o artigo, fique a vontade para dizer se acha isso uma besteira, só quero deixar o "toque".

Bem, é isso, estou sem vontade de expressar minhas idéias em linhas maiores e a boa "regra" da edição de textos legíveis preza por textos pequenos e diretos.

Bem vindos a meu blog.

abraços.